segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Entrevistas sobre Preconceito Racial

Gabriela, 14 anos, estudante do Antônio Vieira, 8ª série, participou dessa entrevista respondendo a algumas questões sobre o preconceito racial.

1. Rafaella de Andrade - Você acha certo o preconceito racial? Por quê?

Gabriela – Eu não acho certo o preconceito racial, porque as pessoas não devem ser discriminadas pela sua cor, já que todos temos os mesmos direitos e deveres.

2. Rafaella de Andrade – Você já sofreu preconceito? Qual?

Gabriela – Já, por ser muito magrinha, por ser brasileira, ser mulher e ser menor.

3. Rafaella de Andrade – Você acha que o preconceito está cada dia aumentando ou diminuindo?

Gabriela – Diminuindo, apesar de ainda ser constante, em comparação com os tempos anteriores está diminuindo.

4. Rafaella de Andrade – Por que você acha que existe preconceito?

Gabriela – Existe preconceito, porque quando o Brasil foi colonizado existia muito a divisão social e racial.

5. Rafaella de Andrade – Você já viu alguma cena ocorrendo o preconceito?

Gabriela – Já, quando uma amiga minha estava vendo uns objetos na loja e a mulher reclamou por ela ser criança e mandou ela se retirar do estabelecimento.

6. Rafaella de Andrade – O que você acha sobre o preconceito?

Gabriela – Eu acho péssimo, pois todos nós somos iguais, independente da nossa classe social, da nossa etnia, da nossa orientação social, ou seja, temos os mesmos direitos.
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Altenir Carvalho, 39 anos, é servidora pública federal e, nessa entrevista, expõe sua opinião sobre o preconceito racial.

1. Samira - Você acredita que o problema do preconceito racial está presente no Brasil? Por quê?


Altenir – Acredito que sim, pois as estatísticas comprovam que há menos negros empregados, nas escolas, nas faculdades e ocupando posições de destaque na sociedade.

2. Samira – Qual o seu ponto de vista em relação ao preconceito racial no mercado de trabalho?

Altenir – Eu acho que o preconceito racial não deve existir em nenhuma área, muito menos no mercado de trabalho.

3. Samira – Para você, o que é preconceito racial?

Altenir – Para mim, é um absurdo. Não existe uma raça melhor que a outra.

4. Samira – Na sua visão, qual seria a melhor forma de inserir mais a população na luta contra o preconceito racial?

Altenir – Educação e boas escolas para todos.

5. Samira – Já presenciou alguma situação de preconceito racial?

Altenir – Já presenciei algumas pessoas dizendo que negros não são inteligentes e que não podem se relacionar com brancos.

6. Samira – No emprego em que você atua, existe preconceito racial?

Altenir – Não há, até porque trata-se da Justiça Federal que tem um compromisso de cumprir o que determina a constituição.
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Edilton, 64, psiquiatra e hoje, nessa entrevista, falará sobre preconceito racial.

1. Catharina Côrtes - o que você acha do preconceito racial? Por quê?

Edilton – O preconceito racial que existe entre todos os povos expressa a dificuldade que se tem de aceitar o outro, o diferente, o estrangeiro.

2. Catharina Côrtes – O que poderíamos fazer para melhorar essa situação?

Edilton – Desenvolver nas pessoas, desde crianças, a noção de que a diversidade humana é uma riqueza e não um empecilho para op desenvolvimento da plenitude de cada um.

3. Catharina Côrtes – Você já sofreu ou viu um ato de preconceito? Se sem qual?


Edilton – Pessoalmente, nunca sofri uma situação discriminatória, mas já observei isso com os pobres, com os negros, índios e outras etnias.

4. Catharina Côrtes – Você faz algum ato para que isso melhore? Qual?

Edilton – Procuro tratar a todos com princípios cristãos, valorizando a igualdade, a fraternidade, reconhecendo a fragilidade de todo ser humano.

5. Catharina Côrtes – A TV, muitas vezes, mostra situações de preconceito. Você acha que isso pode incentivar às crianças?


Edilton – A TV é, muitas vezes, um instrumento de deseducação e de alienação das pessoas e por isso pode causar esse efeito.

6. Catharina Côrtes – Você acha que os adultos são mais preconceituosos que as crianças?


Edilton – Certamente as crianças mantém ainda a boa vontade e as práticas fraternais sobretudo nas suas brincadeiras umas com as outras. O ambiente em que vivem pode causar distorções precoces dessas vivências.

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